domingo, 15 de setembro de 2019

Livro sobre o Liceu Paraibano será lançado dia 8 de outubro na Fundação Casa de José Américo


Por Josélio Carneiro

Olá internautas, alunos, ex-alunos, professores, ex-professores da mais tradicional escola pública da Paraíba. No dia 8 de outubro, uma terça-feira, às 19 horas, estaremos lançando o livro Lyceu Parahybano - berço da cultura e do jornalismo. Por apenas R$ 10,00 (dez reais) você terá em mãos uma síntese da trajetória de 183 anos da escola criada em 1836. Você é nosso convidado.

O livro traz depoimentos de alguns ex-alunos, a exemplo da atriz Zezita Matos, a cantora Elba Ramalho, os jornalistas Martinho Moreira Franco, Biu Ramos, Walter Santos, o crítico de cinema, cineasta e jornalista Paulo Melo, o historiador, escritor e professor José Octávio de Arruda Mello, e do engenheiro Carlos Pereira de Carvalho.

A obra traz ainda tópicos da História do Lyceu Parahybano, livro do professor José Rafael de Menezes, publicado em 1983 pela Editora da Universidade Federal da Paraíba, principal fonte de pesquisa sobre essa escola que é símbolo da cultura e da educação em nosso Estado.

Alunos do Programa de Inclusão Através da Música - PRIMA - farão breve apresentação. No mesmo evento estaremos relançando três outros livros de nossa autoria. Os quatro livros ao preço popular de apenas R$ 10,00 cada. As obras se encontram nas livrarias, porém, mais caras.


fotos de Mineirinho e Walter Rafael



A aluna Zezita Matos e colegas nas escadarias do Liceu (arquivo da atriz)


A jovem Zezita Matos, foto da ficha da aluna nos arquivos do Liceu

O aluno Antonio Mariz, aos 17 anos, que viria ser eleito governador em 1994


Abaixo, capas de outros três livros que estarão disponíveis cada um por somente R$ 10,00.


Essa obra reúne depoimentos de mais de 100 profissionais do mais antigo jornal da Paraíba


Este livro é uma reportagem com 167 fotos de governadores, legendadas e comentadas


Nessa obra, relatos de radialistas e jornalistas da emissora pioneira da Paraíba, onde fui repórter por 28 anos

domingo, 28 de setembro de 2014

Liga Pela Paz para educação emocional e social – a construção da não-violência

 “É melhor construir a paz do que combater a violência”  (João Roberto de Araújo)

Entrevista do professor João Roberto de Araújo ao jornalista paraibano Josélio Carneiro.

Professor João Roberto de Araújo 
em foto de Diego Luiz Nóbrega

A paz é o caminho para que a humanidade seja feliz. Em tempos de globalização a felicidade parece uma conquista difícil. Porém, nas duas últimas décadas o Brasil experimenta uma prática que cultiva o desenvolvimento humano por meio da educação emocional e social que já alcança resultados positivos em 19 estados. Estamos falando da organização Inteligência Relacional fundada pelo professor João Roberto de Araújo. Para conhecermos um pouco desse trabalho pioneiro no país nós entrevistamos o educador que muito tem contribuído com a difusão da cultura de paz a partir das escolas. Com a palavra o Mestre em Psicologia Social, João Roberto de Araújo, idealizador da Metodologia Liga Pela Paz para educação emocional e social.

Agenda Paraíba – Como surgiu a Liga Pela Paz?

João Roberto de Araújo – Veja bem, eu oriento um grupo de profissionais que integra uma organização que se chama Inteligência Relacional. Essa organização tem psicólogos, pedagogos, enfim, um pessoal ligado à área de desenvolvimento humano. Há mais de 20 anos a Inteligência Relacional presta serviços na área de desenvolvimento humano em geral. Por volta de 1999, 2000, nós colocamos muito foco na questão do desenvolvimento de cultura de paz e começamos com trabalhos nos estados de São Paulo e de Minas construindo um programa que nós chamamos de Cidades pela Paz, que tinha o objetivo de trabalhar com duas grandes perguntas. A primeira pergunta é porque o ser humano fica violento? E aí trazendo todas as contribuições da ciência, da antropologia, da sociologia, da psicologia, enfim. Afinal o ser humano nasce violento? Qual o papel da cultura, da família e etc. E a outra pergunta era o que fazer já que a violência existe, o que fazer para reduzir e prevenir a violência no futuro.
No desenvolvimento desse trabalho nós encontramos um movimento na área da ciência que veio se desenvolvendo desde a década de 70 com estudos sobre o cérebro, as emoções, então nós investigamos uma vertente científica bem consistente em pesquisa que fala sobre as inteligências. Na década de 80 tivemos uma contribuição importante sobre as inteligências múltiplas, mostrando que inteligência não é só lógica, matemática, que tem outras inteligências. Na década de 90 se popularizou a ideia de inteligência emocional, que foi um avanço grande.
E nós entramos na última década já com uma consciência muito grande de que a inteligência emocional é uma inteligência muito importante, matriz. As outras inteligências estão acopladas fundamentalmente à inteligência emocional. As pesquisas, os estudos nessa área se encontraram principalmente nos últimos quinze anos com a área da pedagogia e nasceu um campo novo na educação que se chama educação emocional e social. Esse campo da educação emocional se apresenta como uma resposta mais consistente na construção da paz. Trata-se da resposta mais científica, mais estruturada para ir além de um discurso de que a paz é importante; ir além de um concurso de cartaz, de uma passeata, de uma manifestação difusa. Hoje nós temos como sinônimo que educar para as emoções é educar para a paz. A Inteligência Relacional nos últimos sete, oito anos tem um foco muito grande na educação emocional e social e com isto construiu um metodologia, uma forma de desenvolver a inteligência emocional, de educar para as emoções nas escolas e essa metodologia se chama Liga Pela Paz. E nesse momento esse é o tema mais forte, uma vez que hoje os grandes pensadores entendem que a educação emocional é o maior desafio da educação deste século. Nós já sabemos que ensinar matemática, geografia, linguagem é importante, mas, que as emoções são o alicerce de tudo isto, até porque elas têm uma contribuição fundamental para que uma pessoa aprenda melhor e essa dimensão não cognitiva representa os novos ventos na área da educação, que a metodologia Liga Pela Paz incorpora.

Agenda Paraíba – A metodologia Liga Pela Paz já está presente hoje em quantos estados?

João Roberto de Araújo – Nós já tivemos implantação em 19 estados, temos hoje uma extensão grande de escolas individualmente que fazem a opção, de Secretarias Municipais, e no caso da Paraíba é uma decisão em nível estadual por meio da Secretaria Estadual de Educação, por isso abrange mais de 400 escolas e 139 municípios.

Agenda Paraíba - Como o senhor avalia a decisão do Governo da Paraíba em fazer opção pela metodologia Liga Pela Paz?

João Roberto de Araújo – A Secretaria de Estado da Educação da Paraíba vem fazendo um esforço muito grande para melhorar os índices de aprendizagem, para que as crianças aprendam melhor e mais facilmente os conteúdos que são colocados especialmente no Ensino Fundamental e foi criado na Paraíba o “Programa Primeiros Saberes da Infância” (PPSI) e a ideia é que ele estruture mais o processo educativo nas diferentes escolas, nos diferentes municípios. Houve a compreensão de que a Liga Pela Paz, com a sua metodologia, tem um casamento muito ajustado ao PPSI porque ela estrutura, existe um plano, uma forma de orientar para que as escolas não fiquem soltas. É muito bom que uma escola tenha autonomia pedagógica, mas é muito importante que as escolas conversem e ajustem um processo pedagógico para desenvolver durante o ano letivo os conteúdos.
O que eu entendo, que é o ponto central, é que não é na Paraíba, são em todos os estados, em todos os lugares, a educação está procurando respostas para duas coisas fundamentais: melhorar os índices de aprendizagem e reduzir a violência na escola, educar para a paz. Então como a nossa metodologia atende a essa demanda houve o interesse da Paraíba de implantar a Liga Pela Paz, mas ela está muito ajustada a uma política que já vinha sendo desenvolvida com êxito junto à Secretaria de Educação.

Agenda Paraíba– Quais os caminhos para a construção da paz?

João Roberto de Araújo –Eu penso assim, no enfrentamento da construção da paz, nós, já há muitos anos, estamos reiterando a compreensão de que é melhor construir a paz do que combater a violência, embora isso pareça a mesma coisa. Porque a construção da paz tem um processo muito mais complexo e elaborado.
Mas, nós temos hoje três grandes respostas para o enfrentamento da violência, é uma síntese que eu faço:
Uma eu chamo de repressão legítima. Ou seja, se alguém está sendo ferindo, está produzindo dor e sofrimento ao outro, é preciso reprimir e essa repressão, sendo legítima, é válida, é necessária. Porque se alguém está ferindo, matando, ofendendo a integridade física de alguém é preciso uma ação repressiva que envolve a melhoria da lei, envolve a justiça e envolve os órgãos de segurança pública. Nós ainda acreditamos que, é óbvio, isso ainda vai demorar, vai persistir por muito tempo, que a repressão é algo importante, porém, é muito importante que a sociedade entenda que a repressão não é suficiente. A repressão não dá conta de resolver o problema da violência na sociedade. Polícia e justiça não enfrentam o problema nas suas raízes. É preciso que a sociedade vá além das ações repressivas. Hoje, a maioria das pessoas quando indagadas sobre o que fazer para enfrentar a violência, respondem, acho que mais de 80%, mais polícia nas ruas, mais armamento, subir o muro e etc, que são ações repressivas. Elas são importantes, precisam se aperfeiçoadas, nós precisamos de polícia mais eficaz, mais tecnológica, porém não é suficiente, precisamos de uma justiça mais ágil, mas, não é suficiente. Então, nós precisamos, além da repressão legítima, é ir para outro eixo que é o eixo das ações sociais: mais emprego, mais oportunidade de renda, mais habitação, mais alimentação. Os problemas de bolsões de miséria favorecem o aparecimento da violência, portanto, é necessária uma ação social que reduza a pobreza material. Mas, aí também é preciso tomar cuidado porque a verdadeira razão da violência não é a pobreza material, é a pobreza mental. Existe violência na classe pobre, na classe média e na classe rica. De forma que nós temos um terceiro eixo, que é esse que a Liga Pela Paz atua, que é o eixo da educação. Os três têm que atuar harmonicamente.

Agenda Paraíba – E como vai hoje o enfrentamento da violência, ou a construção da paz no Brasil, na sua visão?

João Roberto de Araújo –Eu acho que no discurso político das lideranças a ênfase em segurança pública, na ação repressiva ainda é muito grande. Nós já evoluímos para o eixo das ações sociais. O discurso político já incorpora a necessidade de uma ação social para reduzir a violência, mas ainda nós não conseguimos compreender a importância de reduzir a violência pela educação porque a violência é ignorância e ignorância fundamentalmente se enfrenta com educação. E esta é a proposta que vem sendo implantada na Paraíba com a Liga Pela Paz.

Agenda Paraíba – A base, o alicerce de tudo é mesmo a educação, não é, professor?

João Roberto de Araújo –A questão fundamental é que não se constrói um bom cidadão profissionalmente em cima de um cidadão eticamente, emocionalmente reduzido. Então essa ênfase de que a boa educação só é aquela que aprova no vestibular é uma coisa que logo nós vamos rir disso. É obvio que é importante toda essa dimensão cognitiva, mas a educação vai além de aprovar no vestibular e criar condições para o sucesso profissional. É preciso educar para a vida. E a educação hoje ainda está muito distante. Por isso é muito louvável essa iniciativa da Paraíba porque é avançada, é pioneira. Tem a coragem, não é só subir o muro da escola, não é só aumentar polícia no bairro para enfrentar a violência. É preciso construir a paz pela via da educação e isto está dentro da metodologia da Liga Pela Paz.

Agenda Paraíba - Qual sua mensagem ao educador brasileiro sobre o enfrentamento à violência?

João Roberto de Araújo –É nossa alegria ter parceiros no Brasil que levam a sério e que compreendem a importância da educação emocional como resposta a três coisas: deixar a criança mais feliz, não só mais inteligente, mas também mais feliz porque ser feliz é importante. Segundo ponto é melhorar os índices de aprendizagem. Há pesquisas da UNESCO mostrando que o clima emocional da escola é a variável mais importante para uma criança aprender melhor os conteúdos, inclusive matemática e linguagem. E o terceiro ponto é a redução da violência melhorando a convivência entre as pessoas. A minha mensagem é que não se chega ao aluno sem passar pelo adulto, pelo educador, que é referência. A alma de todo esse programa é o professor que está na sala de aula. Tenho um profundo respeito ao educador que enfrenta toda essas dificuldades sociais dentro da sala de aula e que, ainda com todas as dificuldades, mantém o otimismo, a vontade, mantém o interesse e o sonho de resolver os grandes problemas, de reduzir as dores humanas através da educação. Porque repito: a violência que tanta dor promove é ignorância e ignorância nós enfrentamos com educação.


Para melhor conhecer esse projeto exitoso o site www.agendaparaiba.com recomenda consultas no portal http://www.inteligenciarelacional.com.br/

Síntese Curricular:

• Prof. João Roberto de Araújo é fundador e orientador estratégico da Inteligência Relacional, organização pioneira no Brasil em pesquisa, criação de material pedagógico e formação de educadores para a educação emocional e social.
• Autor dos livros:
o “Liga Pela Paz” para alunos do ensino fundamental.
o “Educação emocional e social – um diálogo sobre Arte, Violência e Paz”.
o “Ensinar a Paz – Ensaio sobre educação emocional e social”.
o “Liga Pela Paz: Educando para as emoções – A Teoria na prática”.
• Comentarista da Rádio CBN Ribeirão na coluna Educação para a Vida.
• Mestre em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo – USP.
• Professor visitante da Universidade da Califórnia, Santa Bárbara – EUA, no Centro de Mudanças Educacionais.
• É idealizador da Metodologia Liga Pela Paz para educação emocional e social, qualificada pelo Ministério da Educação.
• Orientador de programas de desenvolvimento de cultura de paz e não violência, em vários municípios brasileiros.
• Estudioso da cultura grega antiga e ex-professor de mitologia na Faculdade de Psicologia da Universidade de Ribeirão Preto/SP.
• Empreendedor de eventos socioeducativos e culturais, destacando-se:
o Seminário Internacional “Reinventando o Governo” com Ted Glaeber em 1994;
o Organização da visita e seminários com Dalai Lama no Brasil em 1999.
• Palestrante no exterior, destacando-se eventos da UNESCO em parceria com a GLOBALNET nos seguintes países:
o Suíça/Genebra
o Tailândia/Bangkok
o Índia/Chennai
o EUA/Washington
• Palestrante no Brasil, destacando-se:
o Brasília/Brasil, MEC – CONAE.
o Brasília/Brasil, Câmara dos Deputados / Comissão de Educação e Cultura
o Brasília/Brasil, Câmara dos Deputados / Comissão Especial para Prevenção de Drogas
o Brasília/Brasil MEC / Programa Mais Educação

terça-feira, 18 de março de 2014

João Agripino, um ex-aluno do Liceu que se tornou governador da Paraíba


Diversos paraibanos que estudaram no Liceu Paraibano na adolescência, um dia assumiram o cargo de governador da Paraíba. João Agripino foi um deles. (na foto, J.A. no discurso de posse).

O Governo João Agripino teve como obras de destaque a construção do Hotel Tambaú, a pavimentação da BR-230, a implantação da rodovia Anel do Brejo e uma ampla reforma administrativa que avançou na desburocratização dos órgãos públicos.
Na área da Educação as matrículas no ensino primário entre 1966 e 1970- governo João Agripino - aumentaram de 54 para 140 mil alunos. As escolas estaduais passaram  de 25 para 40. Na saúde o número de leitos foi duplicado. 

No campo da infraestrutura rodoviária saltou de 212 km de estradas pavimentadas para 806 km.
João Agripino Filho nasceu em 1º de março de 1914, em Brejo do Cruz, Sertão paraibano.  Na vida pública também foi deputado federal, senador e ministro das Minas e Energia no Governo Jânio Quadros.

João Agripino também foi responsável por levar energia elétrica a muitas cidades paraibanas.




quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Liceu ganhará piscina semiolímpica, elevador e salas climatizadas

Josélio Carneiro
fotos: José Lins
O Governo do Estado investe R$ 5,9 milhões em obras de reforma e ampliação do complexo educacional no centro de João Pessoa formado pelas escolas Liceu Paraibano, Olivina Olívia Carneiro da Cunha, Argentina Pereira Gomes e Instituto de Educação da Paraíba (IEP). Juntos esses colégios atendem a 6.249 alunos, dos quais 2.144 são do Liceu, uma das unidades de educação pública mais tradicionais do Estado.
Até agora já foram executadas 40% da obra. Nas férias do final do ano o ritmo dos trabalhos será acelerado e avançará em ambientes até então não reformados por conta das aulas. Uma equipe de 120 operários executa as obras. O complexo educacional ganhará uma piscina semiolímpica, equipamento que está gerando grande expectativa entre alunos e professores.
O Liceu Paraibano passa por melhorias que incluem a instalação de um elevador, construção de bateria de banheiros, laboratórios de informática e de robótica, ampliação do refeitório e as salas de aula passarão a ser climatizadas. A reforma no Liceu é monitorada por técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), que tombou o prédio.
A diretora do Liceu Paraibano, Telma Medeiros Rodrigues, acompanha diariamente o andamento das obras. Hoje a escola atende a 2.144 alunos, nos três turnos e em 20 salas de aula. A escola também tem auditório, biblioteca, laboratórios multimídia, além de um rico acervo com milhares de documentos históricos. Maria Amélia Pessoa Amorim é a engenheira responsável pelas obras no complexo educacional.
Liceu (R$ 2.357.554,88) – Serão recuperados os banheiros e cozinha, rede elétrica e hidráulica; será feita pavimentação externa, polimento do piso granilite, pintura interna, recuperação estrutural da escada externa e teto da circulação do pavimento térreo, reposição de vidros, impermeabilização com manta asfáltica na coberta, colocação de uma cobertura em policarbonato no relógio e esquadrias de madeira e ferro; será construída uma arquibancada com coberta em policarbonato, casa de bomba para piscina, uma piscina semiolímpica, uma sala de multimídia, sala de informática, bateria de banheiros, vestiários, casa do caseiro e administração.
Escola Olivina Olívia (R$ 1.797.495,64) – O piso será substituído por granilite, e o forro de gesso por laje treliçada com enchimento em bloco de EPS. Será colocado forro de gesso arcartonado no auditório, será revisada toda rede elétrica e hidráulica e concluído o local do refeitório. A coberta e a estrutura metálica do ginásio serão recuperadas, assim como a instalação elétrica e o vestiário. Também será feito o fechamento lateral, frente e fundos.
Escola Argentina Pereira Gomes (R$ 851.847,78) – Piso cerâmico será substituído por granilite; coberta será recuperada, assim como as redes elétrica e hidráulica; todo o prédio terá nova pintura externa e interna. No ginásio será recuperada a coberta e estrutura metálica, revisada a rede elétrica e recuperado o vestiário, além da construção de muros na lateral, frente e fundos.
Instituto de Educação da Paraíba (R$ 924.980,32) – As obras nessa unidade vão retirar o forro de gesso e piso cimentado, que será substituído; também serão impermeabilizadas as áreas de laje e calhas e as esquadrias de madeira serão recuperadas. No ginásio será recuperada a coberta e estrutura metálica, revisada toda a rede elétrica e recuperado o vestiário.

sábado, 13 de outubro de 2012

O Liceu Paraibano de cara nova

O Liceu Paraibano, a mais tradicional escola pública da Paraíba está de 'roupa nova'.  Recebeu nova pintura. Confira aqui algumas fotos de sua fachada, feitas no dia 7 de outubro pelo fotógrafo José Lins Nascimento (Mineirinho).

Este blog e seus seguidores e internautas 'fãs' do Liceu apelam para que as paredes da escola não sejam mais uma vez sujas pelos pichadores.

Esta escola  tem 176 anos de existência e no passado foi 'a universidade' da Paraíba, até antes de surgir a UFPB. Ex-alunos se tornaram grandes nomes na política, nas artes e noutras áreas. Conheça mais sobre o Liceu Paraibano no blog www.http://liceuontemhoje.blogspot.com. 

Se você pretende participar deste blog escreva, envie fotos, textos para o e-mail: liceuparaibano@gmail.com 

Conte sua história. Declare sua paixão por essa bela, antiga e histórica escola.

Na manhã daquele 7 de outubro de 2012 
o céu e o sol cuidaram bem do cenário








O centenário relógio do Liceu ainda funcionando

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Augusto dos Anjos, aluno e professor do Liceu




            O poeta Augusto dos Anjos iniciou os estudos de humanidades no Lyceu Paraibano, em 1900, aos 16 anos de idade. Lá, se tornou amigo de Orris Soares, que, ao lado do irmão Oscar, fundou o jornal o Norte, em 1908. Seus estudos iniciais foram em casa, no Engenho Pau-d’Arco, município de Cruz do Espírito Santo-Pb, e seu pai, o bacharel Alexandre Rodrigues dos Anjos, foi seu professor. No Lyceu os mestres ficaram impressionados com os conhecimentos do adolescente, porque, sem ter freqüentado a escola regular, sabia mais que os outros colegas. 

            Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, nasceu aos 20 de abril de 1884. Sua mãe se chamava Córdula Carvalho Rodrigues dos Anjos. Em 1901 publicou seus primeiros poemas no jornal O Comércio, e em A União. Seu ingresso na Faculdade de Direito do Recife ocorreu em 1903. No ano de 1907, já formado em Direito, Augusto dos Anjos dava aulas particulares de Português e isto garantiu sua sobrevivência por vários anos. Nessas aulas privadas foi um mestre-escola, modesto, esforçado. Nos anos 20, por causa do sucesso de seu livro EU, seus inéditos e suas cartas eram disputados, e era uma glória ter sido aluno do poeta Augusto dos Anjos, uma honra também para o Lyceu.

foto do blog almadepoeta.com, em Sapé

A nomeação para o cargo de professor interino do Lyceu Paraibano se deu em 1908. Lecionou por apenas dois anos. Em 1909, no dia 13 de maio, profere conferência sobre o 17º aniversário da Abolição da Escravatura, no Teatro Santa Roza, na presença do presidente da Paraíba João Lopes Machado. Em 1910, o poeta casou-se com a professora Ester Fialho. O casamento foi na igreja Nossa Senhora da Conceição, ao lado do Palácio do Governo. O casal teve os filhos Glória e Guilherme.

            Em agosto de 1910 o poeta pediu ao então governador, João Machado, licença para ir ao Rio de Janeiro, sem perder o emprego de professor. A licença foi negada. Augusto dos Anjos resolveu deixar o Lyceu e muda-se para o Rio de Janeiro. Na então capital federal ensinou na Escola Normal e em seguida no tradicional Colégio Pedro II. Seu único livro “EU”, custeado pelo irmão, foi publicado em 1912, com apenas 1.000 exemplares. A obra teve grande impacto na crítica e até hoje é debatida por críticos literários e fonte de pesquisa para estudantes.

            No ano de 1914, em Leopoldina, Minas Gerais, Augusto dos Anjos foi nomeado diretor do grupo escolar Ribeiro Junqueira. No dia 12 de novembro daquele ano morre vítima de pneumonia. 

            No ano 2000 A União publica a série Paraíba – Nomes do Século. O título nº38, escrito pelo jornalista e poeta Linaldo Guedes, foi sobre a vida e obra de Augusto dos Anjos. Em 2001 Augusto dos Anjos foi eleito em votação popular, o Paraibano do Século. Na atualidade, dezenas de sites na rede mundial de computadores tratam sobre a poesia de nosso poeta maior, que foi aluno e professor do Lyceu.           
           

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Celso Furtado, um dos paraibanos notáveis no Liceu Paraibano

Celso Furtado

“No Liceu Paraibano havia um seminário de confrontação de idéias e recordo-me de que fiz uma conferência, citei Max Beer e outros escritores de esquerda. Os integralistas caíram em cima de mim com críticas acerbas”.  As declarações acima são do economista Celso Furtado publicada no ano 2000 na revista Celso aos 80, por ocasião do “Seminário Celso Furtado e o Pensamento Latino Americano”. O evento marcou os 80 anos do idealizador da Sudene. Vejamos outro depoimento do mestre Furtado: “O período que vai de 1930 a 1937, quando ingressei no mundo como pessoa pensante, foi extraordinariamente rico no Brasil, porque o país reencontrou-se com seus problemas”.

Nascido aos 26 de julho de 1920 na cidade de Pombal, Sertão paraibano, Celso Furtado iniciou os estudos secundários no Lyceu Parahybano em 1932, aos doze anos de idade. Foi contemporâneo, nos bancos do Liceu, do jovem Ascendino Leite. Celso Furtado concluiu os estudos em Recife, no Ginásio Pernambucano, porque naquela época não havia no Liceu o curso completo.

No Liceu o futuro criador da Sudene aprendeu inglês e francês. Na tradicional escola, o adolescente foi um dos líderes do movimento de esquerda. Segundo ele próprio, “líder puramente intelectual porque não tinha qualquer atividade política”. Consideramos ele o mais importante intelectual paraibano, na nossa modesta opinião, o cidadão do mundo é o Paraibano do Século XX.