O poeta Augusto dos Anjos iniciou os
estudos de humanidades no Lyceu Paraibano, em 1900, aos 16 anos de idade. Lá,
se tornou amigo de Orris Soares, que, ao
lado do irmão Oscar, fundou o jornal o Norte, em 1908. Seus estudos iniciais foram em casa, no Engenho Pau-d’Arco,
município de Cruz do Espírito Santo-Pb, e seu pai, o bacharel Alexandre
Rodrigues dos Anjos, foi seu professor. No Lyceu os mestres ficaram
impressionados com os conhecimentos do adolescente, porque, sem ter freqüentado
a escola regular, sabia mais que os outros colegas.
foto do blog almadepoeta.com, em Sapé
A nomeação para o cargo de professor interino do Lyceu Paraibano se deu em 1908. Lecionou por apenas dois anos. Em 1909, no dia 13 de maio, profere conferência sobre o 17º aniversário da Abolição da Escravatura, no Teatro Santa Roza, na presença do presidente da Paraíba João Lopes Machado. Em 1910, o poeta casou-se com a professora Ester Fialho. O casamento foi na igreja Nossa Senhora da Conceição, ao lado do Palácio do Governo. O casal teve os filhos Glória e Guilherme.
Em agosto de 1910 o poeta pediu ao
então governador, João Machado, licença para ir ao Rio de Janeiro, sem perder o
emprego de professor. A licença foi negada. Augusto dos Anjos resolveu deixar o
Lyceu e muda-se para o Rio de Janeiro. Na então capital federal ensinou na
Escola Normal e em seguida no tradicional Colégio Pedro II. Seu único livro
“EU”, custeado pelo irmão, foi publicado em 1912, com apenas 1.000 exemplares.
A obra teve grande impacto na crítica e até hoje é debatida por críticos
literários e fonte de pesquisa para estudantes.
No ano de 1914, em Leopoldina, Minas
Gerais, Augusto dos Anjos foi nomeado diretor do grupo escolar Ribeiro
Junqueira. No dia 12 de novembro daquele ano morre vítima de pneumonia.
No ano 2000 A União publica a série Paraíba – Nomes
do Século. O título nº38, escrito pelo jornalista e poeta Linaldo Guedes, foi
sobre a vida e obra de Augusto dos Anjos. Em 2001 Augusto dos Anjos foi eleito
em votação popular, o Paraibano do Século. Na atualidade, dezenas de sites na
rede mundial de computadores tratam sobre a poesia de nosso poeta maior, que
foi aluno e professor do Lyceu.